30 de nov. de 2015

O Império Subterrâneo (Evento de Lançamento)




A SINOPSE:
“Depois de uma rigorosa missão contra o ditador Lorde Peversus, Layla se vê novamente com mais problemas. Quando tudo parecia ter se resolvido e a vida estava de volta à normalidade, o novo Rei, Raul, some misteriosamente sem deixar qualquer resquício.
A jovem terá que passar novamente por muitos momentos de dificuldades, lutando para encontrar o amigo, mas também para não perder seus princípios diante do Conselho de Joleblon, que passa a ser mais uma barreira para alcançar seu objetivo.


Apesar das adversidades, Layla, junto aos seus companheiros, partem em uma jornada desgastante em busca de Raul, enfrentando novos mistérios, e antigos segredos ; segredos inimagináveis sobre Joleblon”
COMENTÁRIOS INICIAIS:
Após o sucesso de o Rei Perdido, a autora Rafaela Polanczyk lançou na ultima sexta-feira (dia 26 de novembro) seu segundo livro “O Império Subterrâneo” e nós fomos conferir. Aos 18 anos ela vê seu trabalho se expandindo e cativando cada vez mais o público “Meu livro é uma mistura de fantasia, aventura, ação, coisas que fazem referencia à mitologia grega, tudo misturado com imagens e situações da minha imaginação” E quanta imaginação! Seus livros são repletos de temas fantásticos e cenas de ação, além de uma construção psicológico que nos faz mergulhar em seus personagens e absorver o universo em que vivem, nos tornando parte viva da trama.
O EVENTO:
O terceiro piso da Livraria Leitura estava cheio e o shopping inteiro comentava que havia um lançamento de um livro. Quando chegamos ao evento havia leitores de todas as faixas etárias, desde os pequenos até os mais experientes, curiosos com os exemplares a mostra. A autora autografava os livros e mal tinha descanso. O ambiente, a comida (hehe) e as pessoas eram extremamente convidativos, tudo tinha um ar quase familiar que refletia bem a autora. Horas se passaram como minutos e saímos de lá contentes e ansiosos para ler a continuação das aventuras de Joleblon.
(PS.: Vale ressaltar também que as capas dos livros me agradaram muito assim como os marcadores de livros)
OPINIÃO DA LEITORA – O IMPÉRIO SUBTERRÂNEO: (pode conter spoilers do primeiro, caso não tenha lido)
Mal começara a ler e já nos capítulos iniciais pude notar a evolução do estilo narrativo da autora do primeiro para segundo livro, um amadurecimento literário que me agradou muito. A história está mais dinâmica, e estamos vendo uma nova face da personagem principal com uma mensagem muito interessante de superação. Em minha modesta analise, Layla está refletindo a condição de seu povo: liberto das amarras de Perversus, mas ainda assim confinados por um Conselho, enfrentando o desconhecido e sofrendo a dura recuperação de uma guerra terrível. Há um clima de melancolia até agora que está me contagiando e me prendendo a cada página. Quero muito poder terminar de ler logo e compartilhar com vocês minha opinião!

Os livros “O Rei Perdido” e o “Império Subterrâneo” valem a pena ser lidos e os recomendo a todos, que como eu, adoram aventura, fantasia e mistério.

27 de nov. de 2015

Cemitério de Dragões (primeiro livro do Legado Ranger)



O primeiro livro do Legado Ranger, de Raphael Draccon me surpreendeu. De varias maneiras.

Começando com a capa, que simplesmente me deixou intrigada. Qual é a relaçao entre dragões e um capacete super tecnologico?!

Lá fui eu ler para descobrir.

A história é narrada em terceira pessoa, mas traz o ponto de vista de diferentes personagens, cada um de um diferente país do mundo:

Derek, um ser humano quase comum, do nada tinha acordado em outra dimensão e virado escravo de demoníacos sanguinários. Logo no início, consegue fugir e libertar outros escravos e prisioneiros, iniciando um caos na estranha dimensão onde estava, como se é de esperar de todo personagem principal.

Ashanti, uma humana quase comum, do nada apareceu em uma estranha cidade de monges-leões, que depois de receber um treinamento, vira uma guerreira, protetora - e amante- de uma dádiva.

Romain, um ser humano quase comum, aparece nú em uma estranha vila. Infelizmente não teve tanta sorte quanto os outro, e foi preso junto com Daniel, um ser humano comum.

"E qual seria a relação entre essas pessoas que nunca se viram na vida?" eu me perguntava. Mas a resposta rapidamente foi ficando óbvia: eles todos irião lutar contra dracônicos. E, pouco depois que conhecemos os personagens, já soube que um dia todos eles irião se encontrar para isso.

Derek é quem possibilita esse encontro. Por diversos fatores, ele vai se unindo aos outros personagens para derrotar uma serpente do mal e salvar a dimensão de completa destruição. Enquanto isso, uma equipe de alienígenas começa a ajudar Derek fornecendo tecnologias ultra avançadas de combate. Só então é que finalmente pude deduzir que o capacete na capa fazia parte de uma super armadura com uma super simbiose de super dragoes e super células de metal que irião se super combinar com o sangue humano e formar um power ranger! Os quatro personagens principais, com esses super upgrades - coloridos, por sinal - irão salvar a dimensão de todo mau demoníaco!!

Outro aspecto que eu não esperava (e esse não é bom) é que na medida em que caminhei para o final da história, - na verdade, mais ou menos na metade do livro - muitas coisas foram ficando previsíveis. Tudo estava tão novo e legal para mim até que, em determiado momento, já tinha uma noção do que aconteceria: provavelmente algumas cenas de romance entre alguns personagens, talvez alguma traição de outro, mais uma cena de fuga e muita luta, um personagem babaca virando herói e, claro, um final onde muita coisa dá errado, gerando uma reviravolta para o segundo livro. Coisa que qualquer história tem, mas que depende do autor para serem bem trabalhadas.

No caso de Cemitério de Dragões, apesar de retratar um tema bem abrangente, não senti que a trama poderia ficar mais complexa nas continuações. Senti que a originalidade da história ficou muito restrita aos clichês que encontramos em todos os livros, algo que Draccon poderia trabalhar. Além disso, o modo dele narrar chega a ser irritante com algumas descrições que usam vocabulários bem específicos e complexos para algumas pessoas que, por exemplo, nunca estudaram biologia (não é o meu caso). Isso me deu a impressão de que o narrador, ou o autor (não sei se eles são a mesma voz nessa história), queria mostrar que sabia e que era inteligente (resumindo: se acha demais).

Outro aspecto negativo da obra foram as cenas de romance não muito bem trabalhadas (não foi algo que me surpreendeu, já que eu achei a mesma coisa em Dragões de Éter, outra coleção do autor). Para mim maioria pareceu um pouco forçada ou desesperada. Ashanti, por exemplo, se apaixona rápido demais pela dádiva e fica ansiosa demais para protegê-la. A não ser que apareça uma explicação para isso nas continuações, vai permanecer muito estranho e sem sentido.

Em contrapartida, esses defeitos, não deixaram a história ficar maçante e entediante, pois mesmo eu já sabendo o que ia acontecer, eu queria ler e descobrir como iria acontecer (e também confirmar minhas habilidades de vidente). As cenas de ação são muito muito boas (os golpes que os personagens davam e a destreza deles me surpreendiam), com certeza um forte do autor, e os personagens todos tem um bom humor, tornando a leitura leve. Gosto muito também do fato das backstories de cada um que aparece serem bem esculpidas, o que ajudou muito na melhor compreensão do motivo de todos eles estarem naquele lugar demoníaco estranho (por sinal, algo que, quando consegui ligar as informaçõs, também me surpreendeu).

Por fim, apesar de algumas previsibilidades, eu não tenho ideia do que acontece no segundo, e estou doida para ler a continuação para finalmente descobrir como irão resolver o problema que criaram no final da história.

23 de nov. de 2015

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As Crônicas dos Kane (livro - trilogia)




“Temos apenas algumas horas, por isso escute com atenção.
Se você está ouvindo esta história, já corre perigo. Sadie e eu podemos ser sua única chance. 

Vá para a escola. Encontre o armário. Não vou dizer que escola ou que armário, porque, se você é a pessoa certa, vai encontrá-los. A combinação é 13/32/33. Quando você terminar de ouvir a gravação, vai saber o que esses números significam. Lembre-se apenas de que a história que estamos começando a contar ainda não terminou. O final vai depender de você.”


E assim começa o primeiro livro da trilogia das Crônicas dos Kane. Parece promissor, não? E se você gosta de Percy Jackson e de mitologia e de Rick Riordan, os Kane são perfeitos para você! Pois adivinhe: tem mitologia, é do Rick Riordan e... não, não é continuação de Percy Jackson. 

Enquanto Pecy Jackson e os Olimpianos, a série mais amada do nosso querido “Tio Rick”, trata de mitologia grega, as Crônicas dos Kane - A pirâmide Vermelha, O Trono de Fogo e A Sombra da Serpente - exploram um mundo um pouco mais desconhecido do ramo místico das mitologias: o Egito. Sim, o Egito! E eu sei o que você deve estar pensando “poxa, então ele [tio Rick] só pegou os mitos e tal e fez algo tipo PJO mesmo e botou os personagens como filhos de deuses enfrentando monstros”. Mas você está enganado! A temática aqui é outra. (Até porque, se fosse a mesma fórmulinha de história, seria receita de bolo e não literatura fantástica)

Mas vamos do início – A Pirâmide Vermelha: Era uma vez Sadie e Carter. Ou melhor, Carter e Sadie (porque eu fui muito mais fã do Carter, desculpa). Carter e Sadie são irmãos, ela mora em Londres com os avós e ele passa a vida viajando com o pai, o egiptólogo Julios Kane. Os encontros familiares são poucos, ninguém parece superar muito bem a misteriosa morte da mãe dos irmãos e o resto não importa. O que importa é que um dia (porque as coisas importantes acontecem “um dia”) Julios, quando em Londres, decide dar uma volta com os seus filhos, quase um passeio de domingo. Conversas felizes, momentos em família, visita ao museu.... Aí ele explode a Pedra de Roseta no British Museum.
Ah, ele some também!

Você não deve ter entendido, ficou meio rápido... Vamos de novo:
Julios decide entrar no museu britânico com os filhos. Julios vem com um papo de “meus filhos, eu amo vocês, vai ficar tudo bem”. Carter e Sadie acham estranho, mas fazer o quê? Carter e Sadie se distraem. A pedra de Roseta explode. Julios desaparece. 
E assim Carter e Sadie ficam órfãos. 

Ok, perdoe-me se isso parece um spoiler, mas não é. Acontece logo nos primeiros capítulos. Tá até na sinopse de qualquer site que você procurar para comprar.

Bem.... Não quero tomar muito tempo no resumo (até porque tenho que falar dos 3 livros). O que acontece depois.... você vai descobrir. Mas eu também vou contar. 

Após o sumiço do pai, Carter e Sadie são acolhidos pelo titio Amós, um cara que eles descobrem que existe no seu último segundo com o pai, e titio Amós conta pra eles umas coisas muito legais. Carter e Sadie, por exemplo, descobrem que, na verdade, o mundo em que vivem não é como aparenta. (que novidade...) Os deuses egípcios existem atualmente (assim como os gregos, mas eles não sabem disso) e a magia rola solta (ok, isso é novidade). Eles, então, passam a morar em uma casa secreta no Brooklyn, onde descobrem mais coisas legais!, como por exemplo:

· Existe uma Ordem secreta que tá ai pra proteger o mundo mortal das coisas ruins;
· Essa Ordem chama-se a Casa da Vida ;
· Titio Amós é tipo o diretor de uma dessas Casas da Vida;
· Alguns dos participantes dessa Ordem praticam magia antiga, algo bem egípcio mesmo, ou lutam com armas bem... históricas;
· Existem várias Casas da Vida pelo mundo;
· Tem uma brasileira na Casa da Vida do Brooklyn! E o nome dela é Cleo;
· Os deuses egípcios têm um convênio parasitário de protocooperação (biólogos, não me matem) com os seres humanos, em que eles brincam de “A Hospedeira” com os mortais e saem por ai esbanjando suas divindades e seus poderes;
· Os Kane tem uma ligação direta com os reis do Antigo Egito;
· O maior vilão da mitologia egípcia tá voltando e quer transformar o mundo em Caos; (isso é importante)
· Esse vilão é uma cobra chamada Apófis;

Tendo em vista essas...novidades, é de se esperar que Carter e Sadie, como bons heróis de história, decidem lutar contra esse vilão! E eles ainda contam com a ajuda dos deuses! Ou seja, tem tudo pra ganhar. Isso é meio óbvio, perdão.

Pra quem não entendeu o lance dos deuses: Os deuses egípcios, diferentemente dos gregos, não têm grande liberdade no mundo humano. Assim, eles usam alguns mortais, normalmente aqueles que têm algum laço com ancestrais egípcios, para poderem “viver entre nós”. Não são exatamente parasitas, os deuses – Hórus para Carter e Ísis para Sadie – lutaram praticamente o livro todo, eles oferecem a força e a magia aos seus hospedeiros. Eles mandam na coisa toda.

Maaaas, voltando ao enredo em si: Carter e Sadie versus Apófis. Melhor que UFC, mais emocionante que os episódios de Dora Aventureira. Eles perseguem a cobra durante os três livros. É meio maçante, mas o autor não deixa ser um saco,já que muita coisa acontece nesse meio tempo: Carter se apaixona, Sadie se apaixona, Carter quebra o coração, Sadie se apaixona por outra pessoa ao mesmo tempo, Carter conquista o meu coração (ops, isso não faz parte do livro), Sadie fica dividida entre dois garotos, romance amor amor, lutas épicas, deuses novos, referências a Percy Jackson, mais inimigos, barcos em chamas, galinhas com cabeça humana, babuínos no metrô, explosão de molho picante, mortes (oh, yeah), viagens fora do corpo, Elvis.... Enfim, muita coisa acontece. Coisa boa e que fazem os livros valerem à pena. 

Um adendo: As capas são perfeitas. Os livros estão sempre em promoção, principalmente se você quiser comprar o Box. E tem um mini glossário no final, com nomes de deuses, feitiços e outras informações pra você não se perder. Além disso, a história é contada em forma de gravações transcritas, o que dinamiza a escrita e deixa-a num fluxo agradável de leitura.

Depois de tudo, uma ressalva para o melhor personagem dos três livros: Filipe da Macedônia!
Foi mal, Carter. Você é um amor, mas esse crocodilo albino do Nilo é sensacional.

No mais, espero que gostem. E relevem caso vejam algum erro mitológico, acontece. (Não morram como eu, a futura egiptóloga constantemente indignada) 



~Mel

22 de nov. de 2015

Jogos Vorazes (filme)

!!!SPOILER ALERT!!!


O que falar de um filme que se tornou ícone entre os amantes do cinema e da literatura? Quem não conhece a face de Jennifer Lawrence (como Katniss Everdeen)? E como não comentar de uma das melhores adaptações de livros no cinema?

Sim, senhores e senhores, vamos falar de Jogos Vorazes, Em Chamas e A Esperança (p1 e p2)

A história se passa num futuro distópico, quando os EUA foram divididos em 12 distritos subordinados à Capital. Cada distrito é responsável por alguma atividade específica (agricultura, tecelagem, armamento, etc) e é no 12 que a nossa Jennifer Lawrence, atuando Katniss Everdeen, mora com sua mãe Clara (feita por Paula Malcomson) e com sua irmãzinha Prim (Willow Shields). A vida lá não é fácil, sendo o distrito 12 o mais pobre de todos, onde comida e até mesmo roupas são recursos valiosos. Sendo assim, para sustentar a família, Katniss é obrigada a caçar (mesmo sendo proibido) nas florestas ao redor junto ao seu amigo Gale (cofcofFriendZonecofcof), interpretado por Liam Hemsworth. A vida ia muito bem até que chega o dia da Colheita. É o evento no qual dois jovens de cada distrito são eleitos para participarem dos Jogos vorazes, um combate até a morte em uma arena e apenas um sai vivo dessa brincadeira (mais ou menos um BBB mortal). Para a nossa surpresa, no Distrito 12, Peeta, o Padeiro (Josh Hutcherson) é selecionado junto com Prim. Em desespero, pois sabe que as chances de a irmã sobreviver são poucas, Katniss se voluntaria ("I VOLUNTEER") a participar dos Jogos no lugar da pequena. A partir daí, a história foca na jornada da jovem através dos luxos e exageros doentios da Capital junto com seu par nos Jogos, uma equipe de estilistas fantástica e o único Campeão do Distrito 12, Haymitch (Woody Harrelson), um alcoólatra cuja missão seria treinar os dois jovens para sobreviver na Arena.

Com uma trilha sonora ótima e uma história bem planejada, a linha do primeiro filme se desenrola numa trama cheia de críticas e reflexões, fazendo o espectador sentir na pele os dramas de cada personagem, principalmente da Katniss. No fim, o que era para ser um combate até a morte, se torna o estopim para uma revolta contra a Capital e seus abusos. No meio disso tudo, Katniss vira a "favorita" do presidente Snow (Donald Sutherland), um manipulador sacana, e praticamente se vê obrigada a manter um relacionamento amoroso de mentirinha com o padeiro do distrito 12 para que ambos (sim, ambos) sobrevivessem aos Jogos.

Quando se pensa que tudo estava acabado e que todo mundo viveria feliz para sempre (sqn), Em Chamas revela mais intrigas. Como uma forma de liquidar a resistência e as revoltas que explodem por todos os cantos, o amado (hahaha) presidente decreta que para os Jogos daquele ano, seria selecionado um casal entre os Campeões de cada distrito para que volte à Arena e participem do Massacre Quaternário. Adivinha quem volta pros Jogos? Pois é. O consagrado Tordo retorna á ação junto com Peeta.

Com um foco muito mais para os bastidores do que para os Jogos em si, o segundo filme se dá a permissão para ver tudo de uma perspectiva diferente, para que os espectadores vejam como as coisas funcionam longe da cabecinha de Katniss. Vemos o tempo todo revoltas estourando de forma cada vez mais violentas e com uma repressão tão agressiva quanto, e as engrenagens da Capital rodando para que tudo esteja sob controle. Acho que podemos dizer que o Massacre não estava acontecendo somente na Arena. Agora, definitivamente, Katniss se torna o rosto da nova realidade, transformando vários detalhes que passariam despercebidos em grandes símbolos (o broche, as quatro notas assobiadas, o tordo, os três dedos levantados).

Enquanto a luta desenrola do lado de fora, Katniss não tem como saber de dentro da Arena que as grandes mentes do lado de fora têm planos para ela e Peeta. Junto com algumas pessoas nos Jogos, ela acaba armando um plano aparentemente maluco para que seja possível escapar dos Jogos.

Aparentemente só, pois ele acaba dando certo... em parte.

Literalmente explodindo a Arena, Katniss e Peeta são tirados de lá. Detalhe: São levados por aerodeslizadores diferentes.

Em Chamas acaba com uma revelação que eu acho maldade dizer aqui, mesmo depois de dar tantos spoilers, mas serei obrigada a dar.

O Distrito 12 foi bombardeado.

Peeta foi levado pela Capital.

Exato.

E para onde Katniss vai agora?

Para o lendário Distrito 13, aquele mesmo que viviam dizendo que foi aniquilado pela Capital décadas antes.

Revelações demais para um filme já tenso.

Com esse final e o gosto de "E AGORA?!", a Esperança parte 1 chega para sanar nossas dúvidas e criar outras. O filme foca nas engrenagens da revolução, em como os rebeldes se organizam para derrubar o Presidente Snow e as forças da Capital.

Aliás, algo que gostei na adaptação foi que a primeira parte de A Esperança não é tão enrolada quanto o livro. As coisas acontecem rápido, sem esse foco na Katniss depressiva por causa do Peeta.

Enfim, nesse filme, conhecemos uma figura tão odiosa quanto o velhinho de barba branca, a Presidente Coin (Julianne Moore), líder do distrito 13 e uma filha da p*ta de carteirinha. Faz da Katniss bolinha de pinque pongue nesse papo todo de revolução e revoltas.

E bem, é assim que imagino que a Katniss se sentiu. Manipulada. Um bonequinho. Cheguei ao ponto de sentir uma raiva latente de muitos personagens no filme. Afinal, mesmo com o psicológico arrasado, com o mundo simplesmente ruindo aos seus pés, a garota é obrigada a aparecer bonita nas câmeras e televisionar a revolução.

Não tem um segundo do filme em que ela não pensa no Peeta, seu companheiro, e em como seus sentimentos deixaram de ser fingimento há muito tempo. Ela fica arrasada quando descobre que o padeiro está sendo utilizado pela Capital como forma de atingi-la, torturando-o e fazendo o menino dizer coisas que o fariam ser considerado traidor.

Katniss nunca desistiu dele. Tanto que acabou convencendo Coin de autorizar uma operação para resgatar Peeta.

Foi um sucesso! Er... mais ou menos.

Tanto trabalho para descobrir que Peeta foi telesequestrado e que agora via Katniss como um bestante, um monstro criado pela Capital. O final da primeira parte me arrancou muitas lágrimas e deixou meu coração amassado num canto com a cena do menino que antes era doce e bravio se debatendo amarrado a uma maca.

A Esperança Parte 2 mostra o trabalhoso processo para tentar recuperar o verdadeiro Peeta, que está ali, em algum lugar no meio da loucura. Mostra também a parte final da revolta. É tenso, tudo é tenso nessa longa metragem, cada segundo é permeado pela sensação de que alguém vai morrer (e olha que isso acontece o tempo todo, sinto dizer). Quanto mais perto de um desfecho se chega, mais óbvio fica que nem tudo é o que parece. Coin revela sua verdadeira face, que é tão odiosa que faz o Presidente Snow parecer o Bom Velhinho, e Katniss se vê obrigada a olhar ao redor o tempo todo, já que os que antes eram aliados, agora são possíveis inimigos.

Enquanto isso, Peeta parece se lembrar das coisas como elas realmente eram, e a sua recuperação já não parece tão distante. O jogo de "verdadeiro ou falso" é de cortar o coração do público e da Katniss. Pelo menos é verdadeira a esperança de o padeiro voltar ao normal, ou o mais próximo disso.

Devo dizer que o desfecho dessa história é... é... fantástico, revelador e um verdadeiro massacre. As lagrimas rolam soltas a cada segundo da parte final, tanto pelo fato de Jogos Vorazes estar acabando, tanto pela tristeza que permeia a felicidade de Peeta e Katniss no fim.

Agora respira. É hora de superar. Acabou.

Jogos Vorazes, a saga da Katniss Everdeen acabou. Uma história envolvente e cheia de reviravoltas e de uma crítica inteligente, ácida em alguns pontos. Vale a pena, muito a pena, tirar um tempo para ver esses quatro filmes e chorar só um pouquinho demais no final.

Jack e a mecânica do coração (Filme)


“Jack et la mecanique du coeur” é um filme de animação lançado em 2014, dirigido por Mathias Malzieu e originário da França. A história se passa no século XIX, e se inicia no dia do nascimento de Jack, que coincide por ser o dia mais frio do mundo. Por causa disso, o bebê Jack nasce com o coração congelado, e para salvá-lo, a parteira e feiticeira Madeleine substitui o pequeno cubo de gelo por um relógio de cuco. A mãe biológica de Jack acaba por abandoná-lo, e Madeleine cria o menino como se fosse sua mãe.

Quando chega o aniversário de 10 anos de Jack, ele pede à mãe para visitar a cidade, uma vez que todos esses anos ele nunca havia saído de casa. Madeleine permite, mas avisa à Jack três regras: não brincar com os ponteiros, controlar a raiva e nunca, jamais se apaixonar. Os dois saem de casa juntos, e em uma praça, Jack ouve uma bela música e com ela vem junto...

Bom, a solução para isso é assistir ao filme. Ele é sim um pouco (muito) estranho, porque algumas cenas ultrapassam completamente o nível do verossímil (como trens que parecem sanfona voando pelas nuvens, o estripador Jack aparecendo do nada, um trem fantasma pirado e lágrimas que congelam e deixam a pessoa míope), mas talvez isso tenha salvo do enredo comum (dois caras disputando o coração de uma garota). Apesar disso, a animação foi bem feita, criativos nos desenhos e souberam deixar o filme interessante apesar de tudo.

Portanto, para aqueles que gostam de animações como eu, e procuram um filme diferente dos clássicos Disney, essa é realmente uma boa pedida. Talvez você estranhe algumas cenas, mas o filme em si vale muito à pena.

Espero que goste da minha resenha e não se esqueça de curtir a nossa página no Facebook: www.facebook.com/aculpaedashistorias

Beijos e até a próxima.



Amora




Trailer:

21 de nov. de 2015

Gotham (Série)


Todos já conhecemos a história do Batman, um dos heróis mais icônicos dos quadrinhos, conhecemos também, nem que de nome, Robin, Coringa, Batgirl, Alfred, Mulher gato, Jim Gordon, e até mesmo a famosa cidade do Cavalheiro das Trevas, Gotham. Mas será que conhecemos a origem de tudo isso? Conhecemos o passado dos personagens e sua trajetória até se tornarem figuras tão importantes? Como uma cidade veio a precisar de um vigilante sombrio rondando as noites e garantindo justiça? É justamente esse cenário obscuro até para os grandes fãs dos quadrinhos que a série propõe explorar: como era Gotham antes do Batman e porque ele se fez tão necessário.

A trama principal gira em torno de um jovem detetive, James Gordon (Ben Mckenzie) que aceita trabalhar no GCPD (Departamento de Polícia da cidade de Gotham) esperando poder assegurar justiça e ordem. Mas logo que assume o cargo percebe que as coisas talvez não sejam tão românticas, a cidade inteira é governada por interesses e os poderosos são os grandes criminosos. Tudo piora ainda mais quando ele descobre que a própria polícia é vendida e está nas mãos de corruptos que não hesitam em usar dos meios mais sórdidos para se preservar no poder. Movido por suas fortes convicções idealistas Jim resolve, mesmo contra toda as chances, fazer o que é designado, garantir a lei.

Ao lado de seu parceiro Harvey Bullock (Donal Logue), um detetive politicamente incorreto (e hilário) que já conhece muito bem a realidade da cidade, Gordon investiga e mergulha cada vez mais fundo no lado obscuro do crime de Gotham e começa a conquistar fama de um homem honesto e incorruptível disposto a tudo para reformar a policia e a cidade. Com conquistas e perdas a cada episodio ele vai derrubando um por um dos peixes grandes .

A série também conta com diversos outros núcleos tão bons quando o principal, entre eles um dos mais importantes até agora é o de Oswald Cobblepot (o futuro Pinguim, interpretado magnificamente por Robin Lor Taylor) que apesar de ser um personagem por vezes menosprezado pelo senso comum se prova um belo vilão e vai ao longo da serie crescendo dentre os criminosos e construindo um império. Outro núcleo importantíssimo é o de Bruce Wayne (sim, o futuro Batman, também muito bem interpretado por David Mazouz) que no tempo espaço da série possuí apenas 12 anos e perde os pais logo no primeiro episodio (Thomas e Martha Wayne na competição com Tio Ben e Sean Bean para ver quem mais morre nas telas) e embora ele ainda seja uma criança triste e confusa que perdeu a família vai também evoluindo e apresentando cada vez mais características do Homem-Morcego que conhecemos, chegando a investigar a morte dos próprios pais. As interações dele com Alfred (Sean Perwee) e os segredos que descobre ao longo da série são imperdíveis. Outros núcleos também conquistam cada vez mais espaço e público como os de Edward Nygma ou Charada (uma atuação impecável de Cory Michael Smith), Selina Kyle ou futura Mulher Gato (ainda criança e sobrevivente órfã nas ruas de Gotham, uma personagem também incrível nas mãos da atriz Camren Bicondova), Fish Mooney (Jada Pinkett Smith), Carmine Falcone (John Doman), além de toda semana os núcleos trazerem mais vilões da mitologia do Cavalheiro das Trevas.

Com cenas de ação excelentes, uma trama inteligente e bem desenvolvida, muito mistério e suspense, humor na dose certa e atores impressionantes a série vem cativando publico e cada episódio, principalmente da segunda temporada (que ainda esta em andamento e vem sendo executada sem quase nenhum defeito de acordo com parte esmagadora da crítica), prende sua atenção e respiração, te deixando faminto pelo próximo episódio. A série hoje concorre ao ASC Awards com nada menos, nada mais que Game of Thrones e a tendência é só crescer. Recomendo-a, portanto, a todos os jovens e adultos (a série é tem cenas fortes para crianças) conhecedores ou não do universos dos quadrinhos (sinceramente não é preciso conhecer as HQs para apreciar a série) amantes de aventura e mistério.

Divergente (Livro - trilogia)


Pode conter muitos spoilers, porque Lule não aguenta...


Abnegação. Audácia. Erudição. Franqueza. Amizade. Situada em uma Chicago destruída, a sociedade onde Beatrice vive é dividida nessas cinco facções, e, aos 16 anos, os jovens precisam escolher em qual delas passarão o resto da vida. Com certeza uma ideia bem original, que, a principio, me lembrou bastante de Jogos Vorazes: um futuro distópico em uma organização social imposta; mas se provou ser completamente diferente.

O primeiro livro da trilogia de Veronica Roth começa logo com Beatrice Prior fazendo um teste que tinha como objetivo descobrir em qual facção pertenceria. Ao tomar um soro, ela passa por várias situações induzidas em sua mente que, sendo resolvidas, levam a um resultado. nesse momento, Beatrice já se mostra uma pessoa excepcional quando seu teste é inconclusivo, algo muito raro de acontecer e que poderia causar muitos problemas no futuro (e quanto!).

Assim, Tris, que antes era da Abnegação, começa sua iniciação na Audácia. É emocionante ver a personagem se desenvolvendo de uma magrela fracote que perdia todas as lutas corpo a corpo a uma garota forte fisicamente e psicologicamente, batendo recordes e até se envolvendo amorosamente com o misterioso Quatro/Tobias, o treinador gato - muito gato - do grupo de iniciandos. Ao longo desse processo ela também faz amizades com Christina (uma menina, antes da Franqueza, que se provou incrivelmente forte ao ficar agarrada durante cinco minutos em uma barra escorregadia acima de um fosso - a pedidos do treinador ridículo, Erick), Will (namorado de Christina), Albert (um falso amigo muito depressivo) e Tori (a mulher que fez o teste de iniciação dela e sabia sua verdadeira identidade). Também fez inimizades com Peter e sua gang, que gostavam de se exibir e também de fincar facas nos olhos dos concorrentes.

Passadas as dificuldades de treinamento e concluída sua iniciação (em primeiro lugar), Beatrice precisa enfrentar Jeanine, a terrível chefe da Erudição que quer exterminar os divergentes (e Tris, por acaso, é uma). Quando os membros da Audácia se tornam soldados "robôs" de Jeanine em um ataque sangrento contra a Abnegação, Tris e Quatro entram em ação quase que de modo Matrix para acabar com o massacre. Eles conseguem ajuda de ninguém mais ninguem menos que Peter (o cara mau da faca) e o irmão de Tris, Caleb (que faz parte da Erudição e diz não saber de nada... mentiroso) e desativam o modo robô dos audaciosos (e Tris mata Will - ou era ela ou ele). Nesse momento, Quatro é um super robô de Jeanine (eles tinham sido pegos em um determinado momento, só que Tris escapa e ele não) que tem a função de matar a Tris e vigiar o sistema que controla as pessoas robôs. Contudo, o amor dos dois é mais forte e, quando ele estava prestes a matá-la, as palavras de Tris conseguem atingir a mente de Quatro, fazendo-o lutar contra o soro do mal que o deixava robô. 

A história tem um fim muito emocionante, com a Abnegação vencendo a batalha. Porém, ainda havia lacunas a serem preenchidas quando as folhas acabaram, de maneira que precisava ler o segundo desesperadamente. 

Então Insurgente começa com meu casal favorito, Tris e Quatro, e seus amigos Caleb, Christina, Marcus (pai abusado de Tobias) e o Peter (o cara mau da faca) buscando abrigo e ajuda na sede da Amizade. Lá a história fica bastante enrolada: tem uma reunião, a Tris fica bobinha com o soro da Amizade, e tem uma cena de fuga. Nessa ocasião a personagem principal salva a vida de Peter (Sim, ela salva a vida do cara mau da faca) e todos os perseguidos vão buscar abrigo em outros lugares. No entanto, ameaças constantes de Jeanine contra os divergentes (e qualquer um que os ajudasse) faz com que Tris se afaste de Quatro (ridicula, na minha opinião) e que ela cumpra as ordens da maquiavélica Jeanine. 

Antes de continuar, preciso colocar um parentesis aqui: (as briguinhas de casal nessa parte me encheram o saco e me deu raiva dos personagens. Eles brigavam a toa e eu comecei a torcer para que tudo explodisse e todos morressem no final - precisei de muita paciência). 

Obviamente Peter trái o grupinho de heróis de uma maneira bem previsível (ele é o cara mau da faca), e Caleb, o irmão mentiroso, também trái o grupo. Nesse momento Beatrice é praticamente a depressão ambulante e irritante, que, por algum motivo, esqueceu como se usa uma arma de fogo (ela ainda não conseguiu superar a morte de Will em suas mãos). Mas então, Tris, em uma tentativa heróica, aparece na sede da Erudicão, onde Jeanine começa a fazer pesquisas sobre divergentes no intuito de conseguir um soro para controlá-los. Acaba que, quando o cobaia de Jeanine (Peter!) injeta o soro da morte em Tris, ela não morre (Peter trocou o soro e salvou a vida dela - ?!) e Quatro surge para ajudá-los a fugirem. Essa foi a parte mais emocionante do tão esperado segundo livro, que até então só andava me decepcionando. É quando surge uma confusão: Tris quer um documento que está na erudiçao enquanto que Quatro quer fugir e se unir aos sem facção para destruir tudo e começar uma nova organização de sociedade.

No final eles fazem os dois e revelam a informação que Tris buscava: um video explicando que aquela cidadezinha organizada em facções não passava de um Big Brother científico para solucionar os problemas da sociedade corrompida do lado de fora da cerca. 

Particularmente achei bem interessante essa informação e fiquei curiosa - bem curiosa - para saber como que esse experimento solucionaria o problema do "lado de fora" o que me motivou a querer ler mais, apesar de alguns detalhes dos dois primeiros livros terem me desestimulado.

Mas quanto ao terceiro livro... decepcionante...

O livro é narrado pela Tris e Quatro, diferente dos outros que só são narrados pela Tris, o que me fez pensar logo de cara que a autora decidiu o que aconteceria na história meio que de última hora.

Os personagens saem do Big Brother, deixando a mãe de Quatro encarregada pela reorganização de tudo na cidade, e vão para fora, onde encontram a empresa encarregada pelo experimento. 

Lá eles descobrem (e essa parte eu achei muito doida e louca) que muitos anos atrás, devido a experimentos genéticos, começaram a surgir genes dominantes nas pessoas de modo que algumas características sobrepujassem outras, gerando pessoas violentas que faziam varios conflitos (achei isso uma boa crítica à alteração genética de seres vivos). A sociedade de Tris é um de vários experimentos na tentativa de tornar a tudo normal novamente. Quando o número de divergentes aumentasse na população (são pessoas com genes normais) é porque o experimento está dando certo. Então Tris na verdade é uma pessoa normal, e é o resto que é anormal. Inclusive Quatro, que se achava um divergente, descobre que na verdade não era, então dessa vez é ele quem vira a depressão ambulante e irritante.

A partir daí, a história começa a ficar um pouco previsível. Acontecem alguns ataques ao prédio, vindos de revolucionários que querem acabar com os experimentos, Tris fica confusa, como sempre, e Quatro, ainda depressivo, só quer ver a amada Beatrice segura. Acontecem algumas mortes e esclarecimentos nesse meio. Mas tudo muito monótono, estragando toda a curiosidade que tive com as revelações.

Então, acontece algo para dar um pouco de ação no livro: os cientístas, vendo a confusão que está acontecendo lá dentro da ex-Chicago, decidem, exterminar a população de lá com o soro da morte. A partir desse momento, os personagens principais percebem quem é o verdadeiro inimigo (o chefe dos experimentos) e obviamente não querem deixá-lo vencer, de modo que bolam um plano para salvar sua cidade.

Assim, durante uma invasão ao prédio, Tris e Caleb espreitam pelos corredores dos laboratórios em busca do local onde os soros da morte estavam guardados. Tris acaba encontrando sozinha o local, e sabe o que espera por ela: jatos de soro da morte. Como ela não sabia a senha que desativava os jatos, ela precisa atravessar o corredor da morte (literalmente) para chegar ao botão vermelho de desativar. O impressionante acontece: ela consegue atravessar! Ela é divergente e nao pode controlada por nenhum soro! Ela é imortal! Ela aperta o botão! Ela salva a vida de todos!! Viva Tris a heroína! (Eram essas as reações que tive na cena. Mas o que acontece depois acaba com toda a graça).

Ela leva um tiro do chefe dos laboratórios... 

E morre.

Ela MOR-REU! Simples assim... Com um tiro

Não que seja ruim ela ter morrido. Nesse ponto já não tinha nada contra isso, até porque ela estava irritante. Mas a historia vinha decaindo e decaindo, ficando monótona e sem graça, e quando chega no final emocionante a personagem narradora tem a morte menos heróica e mais miserável possível.

Decepcionante. 

Eu preferiria a explosão da cidade experimento. Ou até mesmo que tivessem todos morrido logo de uma vez no primeiro livro. 

O final ficou sem sentido. Seria muito mais legal algo totalmente trágico que faz sentido do que algo só meio feliz para agradar alguns fãs ou satisfazer uma vontade implacável de querer matar a personagem principal só para ver a reação do mundo. 

Parece que a Veronica decidiu que a Tris ia morrer quando estava escrevendo o capitulo de morte dela. Não parece que foi algo real e planejado. Até porque só no último livro temos a divisão de narração. 

Bem. 

Tudo bem.

Superei esse final xôxo.

Mas não posso deixar de pensar no quanto esperava muito mais. A história tinha muito potencial.

E Caso você esteja pensando: "nossa, ela realmente odiou a história, que infeliz", bem sou muito feliz e os três livros ainda têm a honra de ficar na minha prateleira.

De qualquer jeito, fica uma dica: os filmes estão melhores que os livros. Tem algumas leves mudanças que melhoraram muito a história, na minha opinião. Sem contar que consigo visualizar muito melhor as coisas futuristas e etc. já que a Veronica não detalha os cenários o suficiente para eu imaginar tudo direito. Espero que o último filme seja bem melhor que o último livro. Ficarei feliz em saber o livro serviu pelo menos para fazer um filme bom...

Noragami (anime)





A primeira temporada de Noragami lançou há algum tempo e só fui descobrir esse ano (meio atrasada :P). Comecei a ver sem muitas expectativas. Para falar a verdade, esperava uma história clichê, com um romance básico e humor bobo, fraco, como acontece com muitos animes do estilo e, por um momento, pareceu que os primeiros episódios atendiam exatamente a isso. 

O anime se trata da história de Yato, o deus da Calamidade. Apesar de ser um deus (poderoso, por sinal), não tem templo, não tem adoradores, vive praticamente de esmolas e da boa vontade das pessoas. Um dia, quando tinha acabado de perder sua companheira de lutas, ele é salvo de um atropelamento por uma adolescente do colegial chamada Iki Hiyori. Tudo parece bem até que a menina percebe que foi atingida pelo ônibus no lugar do Yato e vê seu corpo caído no asfalto. A partir desse dia, mesmo tendo se certificado de que não estava morta, a alma da garota insiste em sair do corpo em momento aleatórios, causando muitos problemas. Procurando por uma solução, recorre ao deus Yato, o cara que pelo qual tinha se sacrificado, e pede para que ele resolva a situação.

A impressão que tive era a de que o anime seria mais um entre tantos, com uma história mais ou menos e rapidamente enjoativa, mas foram precisos alguns episódios para descobrir que me enganei. Só o fato de Yato ser incrivelmente idiota havia me prendido episódio por episódio, a ponto de me familiarizar bastante com a história. Da metade para frente, com a entrada de novos personagens e de uma trama que se desenrola de forma tímida, a coisa toda num geral se torna interessante, até que ~bam!~ fim da primeira temporada.Sim, terminou com uma cena de luta fantástica que me deixou (muito) curiosa para saber cada vez mais do passado do deus trapalhado, que parece ser mais assustador que aquela aparência bobinha e patética.

Dando uma pequena adiantada, a segunda temporada não deixou a desejar, deu uma ótima continuidade ao fio que a primeira teceu de uma forma maravilhosa. Tanto a primeira, quanto a segunda têm músicas de opening e ending muito boas e envolventes (tanto que ganharam um lugar na minha playlist de favoritas do Spotify) e os gráficos são muito bem feitos.

(Abrindo parêntesis para falar dos olhos azuis MARAVILHOSOS do Yato. Deuses, capricharam no colorido)

Em suma, Noragami é sim um dos melhores animes da temporada, com bastante humor e uma história que pode não ser muito original, mas, em compensação, é leve e agradável, com algumas surpresas pelo meio do caminho. E, com um grande público e uma segunda temporada ainda em lançamento, tem bastante potencial.

Definitivamente está entre um dos animes mais queridos da minha lista, vale a pena dar uma olhada para que quer se distrair, rir um pouco e eventualmente, ter algumas lágrimas arrancadas.

O Doador de Memórias (Livro)

Pode conter muitos spoilers, porque Lule não aguenta...





Esse livro de Lois Lowry se passa em um futuro distópico, quando existem pequenas comunidades que vivem de maneiras diferentes – pelo menos é o que deu a entender.

Em uma dessas comunidades, há um garoto chamado Jonas. Jonas é um 11.

Já paro a resenha aí para dizer como achei estranho - a priori - e original a divisão de idades das pessoas na história. É bem curioso todos fazerem aniversário no mesmo dia do ano, mesmo que tenham nascido em dias diferentes. Acho especialmente legal os presentes que recebem. Quando são pequenos, recebem casacos com botões atrás, para que as crianças aprendam a ajudar uns aos outros - como ajudar a tirar o casaco. Quando crescem um pouco mais, recebem um casaco com botões na frente, simbolizando a individualidade e o inicio das responsabilidades. Aos 9 anos, recebem uma bicicleta, representando quando viram quase que completamente independentes. 

Voltando a Jonas...

Um dia, ele percebe algo errado, ou pelo menos estranho, acontecendo com ele: de vez em quando as coisas mudam. Simplesmente mudam, em um piscar de olhos, e depois voltam ao normal. (Eu fiquei com um ponto de interrogação na cabeça quando isso aconteceu com ele pela primeira vez, então, se ainda não entendeu o que estou falando, leia um pouco mais do que tenho a falar).

Logo ele será um 12 - um adulto - e receberá sua função na sociedade. O conselho de idosos é responsável por escolher isso e passa um bom tempo observando os jovens para decidir o futuro deles. Um parentesis aqui: (o conselho de idosos decide TUDO na sociedade, inclusive com quem alguém irá se casar e quem será seu filho – inclusive existe a profissão de parteira, uma pessoa que tem os filhos da sociedade, e cada familia tem que cuidar de um menino e uma menina).

Voltando a Jonas...

Ele foi observado por muito tempo pelos idosos, principalmnte por um específico, que lhe deu a difícil tarefa/profissão de Receptor de Memórias (tradução livre - li em inglês). É aí que o livro fica doido: a sociedade de Jonas não tem memória do passado. Eles não sabem a história deles, não sabem o que são animais, não sabem sobre guerra, não sabem sobre neve e chuva e muito menos sobre cores. Sabem de NADA! E por causa dessa ignorância, não sentem dor. Por isso, para que continuem ingênuos, existem profissionais, como Jonas, responsáveis por receber toda a memória do mundo, todas as dores, toda a felicidade e toda a história. E o sinal de que ele seria um bom receptor estava no fato de que, quando ele via as coisas mudando, ele estava vendo as cores delas.

A historia vai se desenrolando e Jonas descobre coisas estranhas de sua sociedade. Por exemplo, quando uma criança nasce com defeito ou alguém desrespeita as regras ou alguém fica velho demais, ela é solta da sociedade. Mas o que acontece quando ela é solta? Quando Jonas descobre isso (e eu fiquei horrorizada quando descobri com ele) ele decide que as coisas preisam mudar.

Assim, ele e o doador de memórias (o treinador dele) bolam um plano para mudar a sociedade em que vivem. Eles iam liberar todas as memorias - dores, alegrias, histórias - para que todos soubessem a verdade e mudassem o modo de pensar e agir.

Como fazem isso e o que acontece depois?

Você terá que ler para descobrir!