23 de nov. de 2015

As Crônicas dos Kane (livro - trilogia)




“Temos apenas algumas horas, por isso escute com atenção.
Se você está ouvindo esta história, já corre perigo. Sadie e eu podemos ser sua única chance. 

Vá para a escola. Encontre o armário. Não vou dizer que escola ou que armário, porque, se você é a pessoa certa, vai encontrá-los. A combinação é 13/32/33. Quando você terminar de ouvir a gravação, vai saber o que esses números significam. Lembre-se apenas de que a história que estamos começando a contar ainda não terminou. O final vai depender de você.”


E assim começa o primeiro livro da trilogia das Crônicas dos Kane. Parece promissor, não? E se você gosta de Percy Jackson e de mitologia e de Rick Riordan, os Kane são perfeitos para você! Pois adivinhe: tem mitologia, é do Rick Riordan e... não, não é continuação de Percy Jackson. 

Enquanto Pecy Jackson e os Olimpianos, a série mais amada do nosso querido “Tio Rick”, trata de mitologia grega, as Crônicas dos Kane - A pirâmide Vermelha, O Trono de Fogo e A Sombra da Serpente - exploram um mundo um pouco mais desconhecido do ramo místico das mitologias: o Egito. Sim, o Egito! E eu sei o que você deve estar pensando “poxa, então ele [tio Rick] só pegou os mitos e tal e fez algo tipo PJO mesmo e botou os personagens como filhos de deuses enfrentando monstros”. Mas você está enganado! A temática aqui é outra. (Até porque, se fosse a mesma fórmulinha de história, seria receita de bolo e não literatura fantástica)

Mas vamos do início – A Pirâmide Vermelha: Era uma vez Sadie e Carter. Ou melhor, Carter e Sadie (porque eu fui muito mais fã do Carter, desculpa). Carter e Sadie são irmãos, ela mora em Londres com os avós e ele passa a vida viajando com o pai, o egiptólogo Julios Kane. Os encontros familiares são poucos, ninguém parece superar muito bem a misteriosa morte da mãe dos irmãos e o resto não importa. O que importa é que um dia (porque as coisas importantes acontecem “um dia”) Julios, quando em Londres, decide dar uma volta com os seus filhos, quase um passeio de domingo. Conversas felizes, momentos em família, visita ao museu.... Aí ele explode a Pedra de Roseta no British Museum.
Ah, ele some também!

Você não deve ter entendido, ficou meio rápido... Vamos de novo:
Julios decide entrar no museu britânico com os filhos. Julios vem com um papo de “meus filhos, eu amo vocês, vai ficar tudo bem”. Carter e Sadie acham estranho, mas fazer o quê? Carter e Sadie se distraem. A pedra de Roseta explode. Julios desaparece. 
E assim Carter e Sadie ficam órfãos. 

Ok, perdoe-me se isso parece um spoiler, mas não é. Acontece logo nos primeiros capítulos. Tá até na sinopse de qualquer site que você procurar para comprar.

Bem.... Não quero tomar muito tempo no resumo (até porque tenho que falar dos 3 livros). O que acontece depois.... você vai descobrir. Mas eu também vou contar. 

Após o sumiço do pai, Carter e Sadie são acolhidos pelo titio Amós, um cara que eles descobrem que existe no seu último segundo com o pai, e titio Amós conta pra eles umas coisas muito legais. Carter e Sadie, por exemplo, descobrem que, na verdade, o mundo em que vivem não é como aparenta. (que novidade...) Os deuses egípcios existem atualmente (assim como os gregos, mas eles não sabem disso) e a magia rola solta (ok, isso é novidade). Eles, então, passam a morar em uma casa secreta no Brooklyn, onde descobrem mais coisas legais!, como por exemplo:

· Existe uma Ordem secreta que tá ai pra proteger o mundo mortal das coisas ruins;
· Essa Ordem chama-se a Casa da Vida ;
· Titio Amós é tipo o diretor de uma dessas Casas da Vida;
· Alguns dos participantes dessa Ordem praticam magia antiga, algo bem egípcio mesmo, ou lutam com armas bem... históricas;
· Existem várias Casas da Vida pelo mundo;
· Tem uma brasileira na Casa da Vida do Brooklyn! E o nome dela é Cleo;
· Os deuses egípcios têm um convênio parasitário de protocooperação (biólogos, não me matem) com os seres humanos, em que eles brincam de “A Hospedeira” com os mortais e saem por ai esbanjando suas divindades e seus poderes;
· Os Kane tem uma ligação direta com os reis do Antigo Egito;
· O maior vilão da mitologia egípcia tá voltando e quer transformar o mundo em Caos; (isso é importante)
· Esse vilão é uma cobra chamada Apófis;

Tendo em vista essas...novidades, é de se esperar que Carter e Sadie, como bons heróis de história, decidem lutar contra esse vilão! E eles ainda contam com a ajuda dos deuses! Ou seja, tem tudo pra ganhar. Isso é meio óbvio, perdão.

Pra quem não entendeu o lance dos deuses: Os deuses egípcios, diferentemente dos gregos, não têm grande liberdade no mundo humano. Assim, eles usam alguns mortais, normalmente aqueles que têm algum laço com ancestrais egípcios, para poderem “viver entre nós”. Não são exatamente parasitas, os deuses – Hórus para Carter e Ísis para Sadie – lutaram praticamente o livro todo, eles oferecem a força e a magia aos seus hospedeiros. Eles mandam na coisa toda.

Maaaas, voltando ao enredo em si: Carter e Sadie versus Apófis. Melhor que UFC, mais emocionante que os episódios de Dora Aventureira. Eles perseguem a cobra durante os três livros. É meio maçante, mas o autor não deixa ser um saco,já que muita coisa acontece nesse meio tempo: Carter se apaixona, Sadie se apaixona, Carter quebra o coração, Sadie se apaixona por outra pessoa ao mesmo tempo, Carter conquista o meu coração (ops, isso não faz parte do livro), Sadie fica dividida entre dois garotos, romance amor amor, lutas épicas, deuses novos, referências a Percy Jackson, mais inimigos, barcos em chamas, galinhas com cabeça humana, babuínos no metrô, explosão de molho picante, mortes (oh, yeah), viagens fora do corpo, Elvis.... Enfim, muita coisa acontece. Coisa boa e que fazem os livros valerem à pena. 

Um adendo: As capas são perfeitas. Os livros estão sempre em promoção, principalmente se você quiser comprar o Box. E tem um mini glossário no final, com nomes de deuses, feitiços e outras informações pra você não se perder. Além disso, a história é contada em forma de gravações transcritas, o que dinamiza a escrita e deixa-a num fluxo agradável de leitura.

Depois de tudo, uma ressalva para o melhor personagem dos três livros: Filipe da Macedônia!
Foi mal, Carter. Você é um amor, mas esse crocodilo albino do Nilo é sensacional.

No mais, espero que gostem. E relevem caso vejam algum erro mitológico, acontece. (Não morram como eu, a futura egiptóloga constantemente indignada) 



~Mel

2 comentários: