21 de nov. de 2015

O Doador de Memórias (Livro)

Pode conter muitos spoilers, porque Lule não aguenta...





Esse livro de Lois Lowry se passa em um futuro distópico, quando existem pequenas comunidades que vivem de maneiras diferentes – pelo menos é o que deu a entender.

Em uma dessas comunidades, há um garoto chamado Jonas. Jonas é um 11.

Já paro a resenha aí para dizer como achei estranho - a priori - e original a divisão de idades das pessoas na história. É bem curioso todos fazerem aniversário no mesmo dia do ano, mesmo que tenham nascido em dias diferentes. Acho especialmente legal os presentes que recebem. Quando são pequenos, recebem casacos com botões atrás, para que as crianças aprendam a ajudar uns aos outros - como ajudar a tirar o casaco. Quando crescem um pouco mais, recebem um casaco com botões na frente, simbolizando a individualidade e o inicio das responsabilidades. Aos 9 anos, recebem uma bicicleta, representando quando viram quase que completamente independentes. 

Voltando a Jonas...

Um dia, ele percebe algo errado, ou pelo menos estranho, acontecendo com ele: de vez em quando as coisas mudam. Simplesmente mudam, em um piscar de olhos, e depois voltam ao normal. (Eu fiquei com um ponto de interrogação na cabeça quando isso aconteceu com ele pela primeira vez, então, se ainda não entendeu o que estou falando, leia um pouco mais do que tenho a falar).

Logo ele será um 12 - um adulto - e receberá sua função na sociedade. O conselho de idosos é responsável por escolher isso e passa um bom tempo observando os jovens para decidir o futuro deles. Um parentesis aqui: (o conselho de idosos decide TUDO na sociedade, inclusive com quem alguém irá se casar e quem será seu filho – inclusive existe a profissão de parteira, uma pessoa que tem os filhos da sociedade, e cada familia tem que cuidar de um menino e uma menina).

Voltando a Jonas...

Ele foi observado por muito tempo pelos idosos, principalmnte por um específico, que lhe deu a difícil tarefa/profissão de Receptor de Memórias (tradução livre - li em inglês). É aí que o livro fica doido: a sociedade de Jonas não tem memória do passado. Eles não sabem a história deles, não sabem o que são animais, não sabem sobre guerra, não sabem sobre neve e chuva e muito menos sobre cores. Sabem de NADA! E por causa dessa ignorância, não sentem dor. Por isso, para que continuem ingênuos, existem profissionais, como Jonas, responsáveis por receber toda a memória do mundo, todas as dores, toda a felicidade e toda a história. E o sinal de que ele seria um bom receptor estava no fato de que, quando ele via as coisas mudando, ele estava vendo as cores delas.

A historia vai se desenrolando e Jonas descobre coisas estranhas de sua sociedade. Por exemplo, quando uma criança nasce com defeito ou alguém desrespeita as regras ou alguém fica velho demais, ela é solta da sociedade. Mas o que acontece quando ela é solta? Quando Jonas descobre isso (e eu fiquei horrorizada quando descobri com ele) ele decide que as coisas preisam mudar.

Assim, ele e o doador de memórias (o treinador dele) bolam um plano para mudar a sociedade em que vivem. Eles iam liberar todas as memorias - dores, alegrias, histórias - para que todos soubessem a verdade e mudassem o modo de pensar e agir.

Como fazem isso e o que acontece depois?

Você terá que ler para descobrir!

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