22 de dez. de 2015

Hyouka (Anime)





Minhas aventuras no mundo dos animes começaram há pouco tempo. Então eu sinto em dizer que ainda não domino todas as nomenclaturas e classificações. Enfim.

Eu achei Hyouka por causa de uma fanart. Os dois personagens principais me lembravam muito dois amigos e eu tive pequenos ataques quando descobri que a fanart em questão era de algo concreto, um anime. Um anime que tinha cara de ser muito muito bom e que eu quase me matei pra achar o nome. 

Hyouka não é o anime mais famoso. Acho que nem deve ter fandom, mas mesmo assim é uma graça. É aquele tipo de história que você acha que é bobinha, água com açúcar, mas te pega de jeito em certo momento e te faz pensar “como eu não achei isso antes?”. Ele está classificado como Shoujo (por um site ai, que eu não posso jurar que não é a Wikipédia), tem um romancesinho básico, mas não é nada meloso, é bem leve e dá uma temperadinha na história.

Mas vamos ao enredo!

A história começa com nosso querido e entediado Houtarou Oreki, um estudante normal com uma vida normal e blábláblá. Ele tá começando na escola nova e, a pedido da irmã mais velha, entra no Clube de Literatura Clássica, porque, aparentemente, ninguém frequentava o clube e tinha o risco dele ser fechado. Só que, adivinhem?, já tinha gente frequentando o clube! Eis que entra Eru Chitanda (ou Chi-chan, pros íntimos), uma menina meio maluca que vive tentando resolver casos de mistério à la Agatha Cristhie e Sherlock Holmes.     

Houtarou é adepto da política de “preservação de energia”: quanto menos esforço físico você fizer, mais energia vai ter depois para fazer nada (eu super me identifiquei). Mesmo assim, ele é coagido pelo espírito energético da Chitanda e acaba descobrindo que tem um raciocínio lógico muito bom e é muito foda nesse lance de detetive. 

Bem, além desses dois fofuchos, temos Satoshi Fukube e Mayaka Ibara, que não são meros personagens secundários. Na verdade, se não fosse por eles, Oreki talvez nem levantasse da cadeira para seguir as ideias de Chitanda. Talvez nem tivesse um Clube de Literatura Clássica propriamente dito.

De resumo é isso. O anime foi dividido em 22 episódios de cerca de 20 minutos e uma OVA. Apesar de parecer grande (mas não tão grande quando a história sem fim de Bleach), os capítulos se agrupam em quatro grandes mistérios, o que torna a coisa bem dinâmica e menos maçante. Além disso, tem o mangá (de 2012, o mesmo ano em que saiu o anime) e a light novel (de 2001), pra quem quiser saber.

E pra quem se pergunta: Por que o título “Hyouka”

A resposta é fácil: Veja o anime. A resposta está no primeiro mistério a ser resolvido. 





~Mel

19 de dez. de 2015

O Lado Feio Do Amor (livro)




Hello! 

Como não sei iniciar a resenha desse livro, vamos começar sem enrolação.

O livro de hoje é O Lado Feio Do Amor (Ugly Love), escrito por Colleen Hoover e lançado pela Galera Record aqui no Brasil. A história é narrada de dois pontos de vista: o de Tate Collins, que se passa no presente, e o de Miles, que conta sua história seis anos atrás. 

Tudo começa quando Tate se muda para o apartamento de seu irmão Corbin em São Francisco, planejando ficar pelo tempo que trabalha e faz seu mestrado. Logo que chega, ela encontra um homem bêbado na porta do apartamento, e é orientada pelo seu irmão a deixá-lo entrar. No dia seguinte, Tate acaba descobrindo que o tal bêbado é Miles Archer, amigo e vizinho de seu irmão, piloto e inacreditavelmente bonito. Não demora muito para que Tate se sinta super atraída por ele, e logo se apaixona. Mas surge um problema: Miles parece atraído, mas nem um pouco disposto a se apaixonar por ela. Os dois entram portanto em um acordo bem simples: sexo sem compromisso.

A questão é que Tate não consegue controlar seus sentimentos – afinal, quem consegue? – e Miles se mostra muito – tipo, muito mesmo – dual: uma hora um amor, outra hora um grosso esquisito. E realmente só lendo o livro pra saber o final muahaha.

Eu realmente gostei do livro, mas lá vai um detalhe para quem não gosta: tem cenas de sexo. E detalhadas. Se você for como eu e não ligar, vale a pena ler, apesar de história parecer boba se você parar para pensar. Porém, ter o ponto de vista de Miles ajuda a melhorar a história, já que facilita entender a visão dele e descobrir a dor por trás de cada ação “errada” com Tate, facilitando a identificação com o personagem. A maioria das cenas “quentes” dá para pular, porque realmente não tem uma quantidade relevante de informações que contribuem para a narrativa.

Outro ponto a favor do livro é que a leitura é rápida e fácil, sem toda aquela enrolação. Há sim algumas partes melosas, mas são as partes do passado de Miles, no qual ele ainda era adolescente, então dá pra relevar, afinal, qual texto sobre amor adolescente não é meloso? A paixão de Tate por Miles pode irritar alguns também, porque em alguns pontos ela é um pouco lerda, mas se você ficar irritado, tente entender: ela tá realmente MUITO apaixonada.

O livro poderá ganhar uma adaptação cinematográfica, mas pelo que li, nada ainda muito fixo.

Enfim, essa foi a minha opinião. Deixe nos comentários sua opinião e também sugestões para as próximas resenhas. Não se esqueça de curtir a nossa página no Facebook e nos seguir no Twitter

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Beijos e até a próxima.



Amora

Sinopse do livro: Quando Tate Collins se muda para o apartamento de seu irmão, Corbin, a fim de se dedicar ao mestrado em enfermagem, não imaginava conhecer o lado feio do amor. Um relacionamento onde companheirismo e cumplicidade não são prioridades. E o sexo parece ser o único objetivo. Mas Miles Archer, piloto de avião, vizinho e melhor amigo de Corbin, sabe ser persuasivo... apesar da armadura emocional que usa para esconder um passado de dor.O que Miles e Tate sentem não é amor à primeira vista, mas uma atração incontrolável. Em pouco tempo não conseguem mais resistir e se entregam ao desejo. O rapaz impõe duas regras: sem perguntas sobre o passado e sem esperanças para o futuro. Será um relacionamento casual. Eles têm a sintonia perfeita. Tate prometeu não se apaixonar. Mas vai descobrir que nenhuma regra é capaz de controlar o amor e o desejo.



16 de dez. de 2015

Rainha dos Tearling (livro)




Então hoje vou fazer a resenha de um livro pouco, muito pouco, conhecido, no intuito de... bem... torná-lo mais conhecido e ter com quem conversar sobre ele (porque ninguém que eu conheço leu e estou doida pra trocar ideias com alguém!!)

Certo, o título dele em inglês é Queen of the Tearling (Rainha dos Tearling em tradução livre), escrito por Erika Johansen. Resumidamente, ele se passa em um futuro meio estranho, onde todos estão praticamente de volta à Idade Média, e grande parte de um continente (que eu acho que deve ser a Europa) está tomado pelo reino Mortmense, que é governado há muitos anos por uma rainha que pratica magia negra (Rainha Vermelha). O reino Tear é o único que não está dominado pela rainha má devido a um tratado - feito pela monarca, mãe da personagem pricipal - que estabelecia paz em troca de escravos Tear.

A história começa com Kelsea, uma adolescente que foi criada para ser rainha do reino Tear desde pequena - já que ela é sucessora - que é levada pela guarda real da já há muito falecida rainha para reclamar o seu trono. Tudo era governado pelo tio tirano dela (um cara insuportável que tenho vontade esganar toda vez que aparece), e ela sabia que seria uma jornada difícil até o castelo, já que seu tio faria qualquer coisa para matá-la (sim, qualquer coisa mesmo; já pode ir imaginando aí). Assim, no meio do caminho, recebe ajuda do Fetch, um assassino e ladrão mascarado que rouba dos ricos e tiranos por vingança pelo povo pobre (e um cara muito sábio e bonito que eu espero que seja jovem o suficiente para ficar com a Kelsea!).

Durante a história é perceptível o quanto a guarda da rainha acha que ela é imatura e despreparada, de modo que tratam ela mais como uma criança e questionam as ordens dela. O Mace (ou Lazarus, como Kelsea gosta de o chamar) é o líder da guarda e acaba virando o cara que manda em praticamente tudo enquanto ainda não confiam nas habilidades dela.

Quando ela chega segura no castelo e por fim consegue se provar ser uma rainha poderosa, ela toma um monte de medidas para mostrar que ela está preparada para governar e impor sua autoridade, além de expulsar o tio tirano e acabar com o tráfico de seu povo para os Mort como escravos.

Aí acontece várias outras coisinhas, como sonhos de premonição, mini batalhas e talvez uma declaração de guerra contra os Mort...

O livro é um pouco enrolado em alguns momentos, mas eu gostei da enrolação, pois dá gostinho de realidade à história (Se acontecesse rápido ia parecer tudo bem forçado e fake, sabe?). Nada acontece de repente, é tudo em seu tempo. É interessante, por exemplo, ver o crescimento gradual de Kelsea como monarca, além de aos poucos entender sua história e de seu povo. Nada do livro é jogado ao leitor. É muito bem escrito, e demanda um conhecimento básico - bem basicão mesmo - de política para entender algumas escolhas da rainha. Assim como também demanda certa maturidade para coisas como assassinato, estupro e etc., pois são alguns assuntos que aparecem de penetra na história.

No final ele termina um pouco em suspense e várias perguntas vêm em nossa cabeça (das quais fiquei com muita raiva, por sinal, já que eu sei que vai demorar até eu conseguir as respostas que virão só no segundo livro) Perguntas do tipo: Como um reino pobre vai conseguir sobreviver uma guerra contra os Mort? Ou: O Fetch vai ficar com a Rainha? Ou: O que realmente aconteceu no mundo antes de começar toda essa Idade Média de novo? Ou: Qual é o problema da Rainha Vermelha? Dentre várias outras que me enceram a cabeça na época em que li.

Não posso deixar de falar que ouvi dizer que vão fazer um filme desse livro e ninguém mais ninguém menos que a maravilhosa da Emma Watson foi escolhida para interpretar a maravilhosa da Kelsea. Vai ficar perfeito se for verdade!!

Sendo assim, eu peço, pelo amor dos deuses, que você que acabou de ler essa resenha e achou a história interessante leia o livro e venha conversar comigo. Eu necessito.

11 de dez. de 2015

A Culpa É Das Estrelas (filme)



E hoje, venho com mais um famosinho para vocês: o filme A Culpa É Das Estrelas *som de trombetas* *fogos estourando* 

O que dizer desse filme? Dirigido por Josh Boone, foi simplesmente uma das melhores adaptações cinematográficas que eu já vi. É realmente difícil captar a essência de um livro – e nós, leitores e fãs sabemos extramente bem disso – e graças às forças ocultas da natureza, esse cara conseguiu – sim, sabemos que ele teve uma forcinha do nosso querido João Verde, que estava presente por trás das câmeras em várias cenas – e o filme ficou SENSACIONAL. Eu disse que chorei no final do livro. Pois é. No caso, eu chorei o filme INTEIRO. E não foi somente eu – no caso, o cinema inteiro, porque a única coisa que se escutava eram pessoas fungando. 

E as armas dessa cara para nos fazer sofrer e colaborar com o banho semanal em lágrimas de João Verde estão descritas basicamente em ANSEL ELGORT *suspiros*. Não consigo pensar em alguém melhor para interpretar o Gus – bonito, inteligente e com um leve toque sarcástico. Se você sabe de alguém melhor, por favor, escreva nos comentários, porque eu preciso me desapaixonar um pouco por esse cara *esperando sentada*. Enfim, tirando a grandiosidade com o qual sr. Elgort fez bem seu papel, vamos para nossa querida Shailene Woodley. Sim, foi estranho vê-la como Tris, irmã de Caleb, papel de Ansel em Divergente, e algumas semanas depois, encontrá-la aos beijos com ele. Mas vamos relevar isso porque sim. Ela foi muito bem em seu papel, além de ter ficado muito fofinha como Hazel. Sinceramente, eu acho que foi perfeita a escolha*just saying*.

Enfim, alguns detalhes que me deixaram um pouco tristinha.

Isaac. Na teoria, era para ele ser loiro, e acho que faltou no Nat Wolff um pouco da ironia também presente no livro. Eu considero ele muito fofo para um papel tão forte como o de Isaac. Apesar disso, a escolha não foi de todo ruim.

Não teve a parte do shopping com a nossa pequenina Jackie. Isso realmente me chateou.

De resto, não posso reclamar. Por ser interpretado pelo Duende Verde (Willem Dafoe), Peter Van Houten me passou a real ideia de alguém preso na própria dor, seguindo uma linha bem fiel ao livro.

Na minha opinião, o filme ficou mara. Palmas para Josh Boone, e claro, para todos os atores que participaram do filme. Esse é um filme para assistir se você quer chorar. Assim como o livro, não é para pessoas mais céticas, apesar de o filme ter um tom menos meloso que o livro. E ele não é chato de se rever – quem cansa de ver Ansel Elgort??? Bom, eu não.

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Amora

8 de dez. de 2015

A Culpa É Das Estrelas (livro)



Bom, o que dizer desse livro que traz mais lágrimas aos olhos do que pimenta? Se você não chorou, pode se considerar uma pessoa extremamente forte – ou que não gosta muito de romantismos, vai saber – porque esse livro é de partir o coração. E que comece a minha opinião sobre A Culpa É Das Estrelas, do nosso querido John Green (João Verde para os zueiros).

Enfim, a história se passa no Estados Unidos (não sei o estado; em geral, não me apego a esses detalhes), e conta a história de Hazel Grace Lancaster, uma adolescente de dezessete anos com câncer em estágio terminal. O livro é baseado no ponto de vista dela, e o enredo começa de verdade quando ela conhece Augustus Walters, um adolescente tecnicamente curado de um osteosarcoma. Inteligente, bonito e simpático, Gus praticamente conquista Hazel nas primeiras cinco páginas em que eles estão conversando. E nem venham falar “mas eles ainda não se gostavam”. Aham, tá bom.

E aí começa aquele romance adolescente. Sinceramente, é um livro bem meloso, e a única coisa que tira ele da rotina é que o amor deles é inteligente, com frases filosóficas e que deixariam qualquer menina encantada - é, dá pra compreender porque a Hazel gostou dele tão rapidamente. Acontecem algumas cenas tensas, como quando a Hazel quase morre – dá pra saber que ela não morre, porque ainda tinha muitas páginas pela frente - ou quando ela quase não pode viajar para Amsterdã, mas o meio do livro é normal, com cara de que vai terminar com eles tendo lindos filhos, vivendo até os 70 anos.

Pois é, meu querido leitor iludido. É aí que entra a parte malvada que há nos autores.

Existe um projeto chamado Make A Wish, no qual crianças e adolescente podem ter desejos realizados com a ajuda de doações de voluntários (essa não é a parte malvada). No livro, Gus ainda tem um desejo para ser feito nesse projeto, e decide utilizá-lo para viajar com Hazel para Amsterdã, para que ela possa conhecer o autor de seu livro favorito. Eles conseguem ir, mas não basta o cara ser um idiota – o que até dá para entender porque ele sofreu muito com a perda da filha – é nessa bendita parte que a gente descobre que Gus está novamente com câncer.

E sim, eu detesto dar spoiler, mas esse e o próximo serão necessários.

Gus começa a ficar muito doente, até que ele morre.

E eu me sinto mal ao escrever isso, mas essa é a triste e sincera verdade, e a culpa é toda do João Verde.

Boatos de que ele se banha nas nossas lágrimas para se manter jovem, o que é coerente levando em consideração o final do livro.

A carta que o Gus deixa para a Hazel foi o que me fez realmente chorar. Mostrou que o amor dele por ela era tão fofinho, tão romântico e tão lindo, que eu realmente fiquei tocada. Não sei se dá pra ter outro motivo, mas se tiver, comente aqui embaixo – quero saber o ponto de vista de vocês.

O livro realmente cai na mesmice no meio, e um pouco – muito – chato de se reler, porque as primeiras 50 páginas são bem paradas, mas o final é um amorzinho. Compensa se você quiser se emocionar ou só ler mais um romance. Não recomendo a leitura para pessoas mais céticas que não gostam de melosidade. Tem um pouco no final, apesar de eu ser péssima para apontar isso.

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Amora

6 de dez. de 2015

As Chaves do Reino (Livro)




Encontrei o livro As Chaves do Reino, de Garth Nix, meio por acaso. O que mais me atraiu de cara naquela obra de cento e poucas páginas foi o nome. Sr. Segunda Feira. Quem diabos chamaria um livro de Sr. Segunda feira? Movida por essa pergunta, fui atrás para descobrir.

O livro conta a história de Artur, um garoto normal que mora com os pais e os 6 irmãos. Mudou-se de cidade e de escola, tenta levar a nova vida da melhor maneira possível, apesar de ter que lidar com a nova realidade e com a asma. A doença já não ajuda com a sua imagem logo no primeiro dia de aula, quando é obrigado a fazer educação física, mesmo alertando o professor do problema (que tipo de ser humano coloca um asmático para correr assim?). O resultado é mais que óbvio: ele tem um ataque. E no meio da crise, quando achou que ia partir dessa para melhor, dois homens simplesmente... brotam do nada, numa... er... banheira. Dois homens muito, muito estranhos vestidos de maneiras peculiares. Depois de uma conversa estranha e sem sentido, ainda mais para um garoto que tá morrendo sufocado no chão, o mais alto dos dois coloca uma espécie de ponteiro de relógio em sua mão, chamando aquela coisinha de chave. Feito isso, puf. Eles somem de novo. Os estranhos e a crise de asma, que magicamente acaba.

Esse pequeno evento desencadeia uma série de reviravoltas inimagináveis. Artur acaba parando em um outra realidade e descobre que por acaso (literalmente por acaso) era o escolhido para salvar a Casa (sim, com C maiúsculo) e o Universo.

A maneira como Garth Nix escreve é simples e fluente, fazendo da leitura bem rápida, mas não se deixe enganar por essa escrita sem floreios. Confesso que a história do primeiro livro foi muito, muito confusa para mim, tive que reler várias partes para entender as coisas de forma aceitável.

Mesmo assim, decidi manter a história. Li de início ao fim os sete livros nomeados com os dias da semana e cada vez mais a trama me prendia mais forte. Chegou ao ponto de, quando finalizada a leitura, parei por alguns segundos encarando o vazio e me perguntando como algum ser normal conseguiria escrever algo tão... tão... maravilhosamente insano. 

Então, se procura um enredo cheio de coisas malucas e um ritmo acelerado dos acontecimentos, essa coleção é perfeita para você. Não se deixe enganar pelo nível do primeiro livro, a coisa boa mesmo está mais para frente, vale, e muito, a pena conferir.

E fique atento aos detalhes. Eles são importantes (depois não me culpem pelo plot twist que Lorde Domingo trás).

Dito isso, boa leitura!

3 de dez. de 2015

Victor Frankestein (Filme)





Se você está procurando uma adaptação perfeita da obra de Mary Shelley, talvez Victor Frankenstein não seja o filme certo pra você.

Mas se você quer ver o novo Professor Xarier (James McAvoy), Harry Potter (Daniel Radcliffe), Sybil (Jessica Brown Findlay) de Dowton Abbey e Jim Moriarty (Andrew Scott) de Sherlock num mesmo filme, bem, esse filme é perfeito.

Começando do começo: O enredo é mais ou menos aquele a que estamos acostumados quando se trata do Prometeu Moderno. Doutor Frankenstein decide criar a vida a partir da morte e daí surge o monstrinho verde de cabeça chata e parafusada que decide aterrorizar o mundo. Mas o novo filme de Paul McGuigan (diretor que mal conheço, mas já considero pacas), com o roteiro de Max Landis segue uma linha um pouco diferente dessa nossa receitinha de filme de terror. Victor Frankenstein vai além da história do monstro e busca retratar melhor o processo de criação, quase uma análise do criador.

Na verdade, é basicamente assim que o longa começa: Igor (Radcliffe) é o que podemos chamar de narrador da história e conta, logo nos primeiros momentos, como encontrou Victor (McAvoy) pela primeira vez e como o doutor o levou para “o maravilhoso mundo da ciência”. Não entrando muito em detalhes (porque depois vão me culpar de spoilers), fica óbvio depois de um tempo que Victor não é o tipo de médico que gosta de ficar brincando de Operando, é do tipo lunático que não tem medo de experimentar o novo e ir atrás de seus sonhos - mesmo que seus sonhos sejam criar criaturas feitas de pedaços mortos de outros seres, costurar como uma colcha de retalhos e depois dar uma de Thor com esses quebra-cabeças de carne.

Passando-se em uma Londres de início de século XIX, os sonhos do estranho doutor são... Estranhos, inovadores demais para a época. Com aquela velha desculpa de “devemos preservar a moral e os bons costumes”, eis que entra Turpin (Andrew Scott), o investigador da Scotland Yard que vai fazer de tudo para acabar com os projetos de Victor. Turpin tem uma argumentação mais religiosa do que civil, por assim dizer, vive falando que dar a vida ao que já está morto vai contra as leis e Deus e que isso precisa acabar. É aquela velha história Igreja VS. Ciência.

E, no meio disso tudo temos o Igor. (sim, voltamos a falar dele, mas só um pouquinho)
Igor vira o assistente de Frankenstein, mas ele é bem mais que isso. Igor é um gênio, tão inteligente quanto seu mestre e faz bem mais que ajudar na confecção do Frank. Ele ama uma garota, Lorelei (Jessica Brown Findlay) e essa é a parte de romance do filme, que acaba não tendo grande destaque, mas não é completamente inútil. Mas, verdade seja dita, Igor ama muito mais o seu mestre. Victor é o boss, Victor é o seu criador. Victor é a razão de Igor estar narrando a coisa toda.

Victor.

Um gênio. Maluquinho. Seu amor pelo seu trabalho é maior que o amor pela própria vida. E o legal é que você vê, nos olhos do ator, o quão lunático e dissimulado Frankenstein é. A atuação de James McAvoy é perfeita (e talvez eu esteja falando isso porque eu o idolatro, mas isso é detalhe), a loucura de Victor é real e ele não chega a perceber quando está passando dos limites, mesmo quando Igor tenta avisá-lo. Victor vai além da ideia que temos de criador de monstros, margeia a ideia da concepção de vida e reflete aquela velha pergunta “quem é o monstro afinal?”
E eu já vi algumas críticas negativas do filme por aí, mas, sinceramente, eu achei espetacular. Além de rebuscar a história de Shelley (que já veio ao ar tantas e tantas vezes), o longa dá uma inovada, foge dos livros e dos filmes em preto e branco e ainda dá uma temperada com um romance leve e tangencial. Além disso, o elenco é praticamente, se não totalmente, formado por atores britânicos, o que é bem legal, na minha opinião (é mais que legal, eu achei o máximo).



Enfim, é isso. Perdão pelo falatório. Espero que gostem do filme. (E não pirem como eu, a lunática por Sci-Fi)

~Mel